Recentemente, o aumento do número de casos de leishmaniose canina tem acendido o alerta no Brasil. Em Porto Alegre, a doença já matou três pessoas.
Afinal, o que é a leishmaniose canina, quais são os sintomas e como podemos tratá-la?
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O que é a leishmaniose
A leishmaniose é uma doença infecciosa que não é contagiosa. Ela é causada por parasitas do gênero Leishmania. A transmissão acontece quando cães, gatos ou animais silvestres, e inclusive os seres humanos são picados por insetos hematófagos infectados (“mosquito palha” ou “birigui”).
Existem dois tipos de leishmaniose:
- leishmaniose tegumentar (ou cutânea) – A doença provoca feridas na pele, também é conhecida por “ferida brava”.
- leishmaniose visceral – Ela ataca órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
Sintomas da leishmaniose canina
Podem ocorrer desde emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, feridas, gânglios inchados, crescimento das unhas exagerado, anemia, entre outros. Especificamente nos órgãos internos pode ocorrer o crescimento do fígado, por exemplo.
Lembramos que o diagnóstico preciso da leishmaniose canina apenas pode ser realizado por um médico veterinário, que realiza exames de sangue e citológicos, através da amostra de tecidos do animal.
Como prevenir e tratar a leishmaniose canina
Aqui no Brasil existe uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, e possui uma proteção acima de 92%. Portanto, manter a vacinação em dia é muito importante.
Outras medidas podem ser adotadas pelo dono do animalzinho, como uso de inseticida no ambiente ou até mesmo através do uso de repelentes, e inclusive existem até coleiras com essa funcionalidade.
Entretanto, se o seu animalzinho já foi infectado, saiba que é possível tratá-lo através de medicamentos de uso oral, que podem ser manipulados em farmácias.
Em Porto Alegre, há divergências de posicionamento:
A veterinária Marilda Machado de Oliveira defende que há possibilidade de tratamento para a doença evitando a eutanásia. “Existe, sim, o controle e o tratamento para o cão. Ele deixa de ser um reservatório ativo”.
Enquanto isso, de acordo com matéria veiculada no G1, o secretário municipal da saúde de Porto Alegre – Enzo Harzheim afirma: “O tratamento por si só da leishmaniose canina não é suficiente. A bula diz isso. O cão continua com o parasita no sangue, continua ativo. Alguns cães têm melhora clínica, mas outros não melhoram”.
Erno Harzheim ainda ressaltou que o dono do cão ou entidades que assumam a responsabilidade pelo animal devem adotar algumas medidas, e as principais são as seguintes, em Porto Alegre:
- realizar acompanhamento por médico veterinário privado;
- chipagem do animal;
- coleira repelente;
- manter os cães a pelo menos 500 m de distância de áreas de mata nativa;
- manutenção do tratamento;
- apresentação de exames a cada quatro meses
Lembrando que a fiscalização dessas regras fica a cargo da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde.
A questão polêmica da eutanásia dos cães ainda está sendo amplamente debatida no Brasil inteiro. Portanto, cuide bem do seu animalzinho, para ele não seja infectado pela leishmaniose canina.
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