Cinomose

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Cinomose é uma doença altamente contagiosa provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus) ou Vírus da Cinomose Canina (VCC). Em geral, a transmissão ocorre através do contato com secreções do nariz e boca do animal. Isso pode se dar através de um espirro do animal doente, espalhando a secreção infectante.

O vírus da Cinomose tem pouca resistência em nível ambiental, ou seja, fora do organismo do seu hospedeiro, o que facilita o controle ambiental da disseminação da doença, diferentemente do que ocorre com a parvovirose, por exemplo.

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As características sistemáticas do inverno desfavorecem a presença deste vírus no ambiente, por isso o cuidado deve ser redobrado nesta época. Apesar da sensibilidade do vírus no ambiente, há muitos relatos de casos de criadores que perderam animais vitimados pela cinomose após serem introduzidos em ambientes onde outros cães haviam morrido anteriormente com a doença, no período de até seis meses atrás. Por esse motivo é aconselhável concluir todo o esquema de vacinação, de pelo menos três doses, antes de introduzi-los nesse ambiente contaminado.

Sintomas da Cinomose

A Cinomose é uma doença muito grave em cães. A descrição clássica em livros textos é de uma infecção viral aguda caracterizada por febre bifásica, secreções nasal e ocular, indisposição, anorexia, depressão, vômito, diarreia, desidratação, leucopenia, dificuldades respiratórias, hiperceratose do focinho e dos coxins plantares, mioclonia e sintomatologia neurológica.

Tanto os animais tratados quanto os não tratados podem desenvolver sintomatologia nervosa, mas esta é mais comum nos últimos. Essa fase nervosa da doença pode ser caracterizada por espasmos musculares (mioclonia) e comportamento fora do normal. Esse “comportamento fora do normal” é provocado pela desmielinização do sistema nervoso, o cão pode se tornar agressivo e não reconhecer o dono. Com a degeneração avançada da bainha de mielina, o cão pode apresentar paralisia devido à fragmentação dos neurônios.

Como a maioria dos cães infectados ficam com as pupilas dilatadas, ao notar isso é aconselhável manter o cão em local com pouca luz, isso evitará a queima da retina que pode acarretar cegueira.

O diagnóstico da cinomose

Cinomose canina é diagnosticada com testes bioquímicos e análise de urina, que pode também revelar uma redução do número de linfócitos, as células brancas do sangue que funcionam no sistema imunitário nas fases iniciais da doença (linfopenia). Radiografias só podem ser utilizadas para determinar se um animal infectado contraiu pneumonia. A tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) pode ser usado para examinar o cérebro por quaisquer lesões que podem ter desenvolvido.

Como a cinomose pode ser tratada?

Atualmente, não há medicação disponível que destrua o vírus que causa a cinomose. Em vez disso, se tratam os sintomas. Os veterinários podem oferecer fluidos intravenosos para prevenir desidratação e antibióticos para evitar infecções secundárias enquanto o cão infectado acumula sua resposta imunológica. Alguns cães são capazes de sobreviver à infecção, enquanto que para outros cinomose pode ser fatal.

Cães que se recuperam de cinomose podem ter convulsões ou outros distúrbios do sistema nervoso central que pode aparecer somente muitos anos mais tarde, às vezes em sua velhice. Eles também podem ficar com danos cerebrais e permanentes do nervo, e estes sintomas também podem só aparecer anos mais tarde.

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