Cão morre durante viagem de barco e dono é obrigado a jogar corpo no rio

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Dennick Pinheiro, 23, engenheiro dono do animal, comentou  que o cãozinho (pug de dois),  morreu em uma viagem, após ser colocado em um compartimento com muito barulho, próximo a sala de máquinas da embarcação.  Ele conta que o animal não foi bem tratado e precisou ficar horas em um local abafada com pouca ventilação.

Jimmy,  morreu após ficar quatro horas no compartimento sem ventilação, perto à sala de máquinas do navio.  A embarcação fazia trajeto do município de Parintins para Manaus. O caso aconteceu na última terça-feira (18). Um boletim de ocorrência (B.O) foi registrado na Delegacia Especializada e caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA).

“Cheguei ao barco cedo para evitar problemas. Na entrada lá em Parintins encontrei um tripulante e ele me falou que o animal não podia ficar comigo na embarcação. Mas outro funcionário apareceu e disse que o Jimmy poderia ficar na sala de carga até que o navio saísse do porto”, lembrou.

O tutor então resolveu deixar o animal por pelo menos trinta minutos. “A viagem já tinha começado e desci para pegar o Jimmy. Mas a caixinha dele foi colocada por trás de várias cargas. Tinha um freezer, uma moto e uma mesa, enquanto o cachorro lá no fundo. Logo o peguei e quando estava subindo um funcionário me disse que o animal precisava permanecer ali na sala. Acabei o deixando novamente, mas dessa vez em um local na frente das cargas para que ele conseguisse respirar”, explicou ele.

Aproximadamente 3 horas depois, Dennick resolveu descer para ver como estava o animal. Mas quando chegou ao local, o animal já estava sem vida. Depois Dennick precisou abandonar o corpo no meio do rio para que os passageiros não fossem prejudicados, mas quando chegou no local o cãozinho já estava sem vida.

“Quando cheguei lá o Jimmy já estava morto, chamei ele mas não me respondeu. Foi horrível demais. Depois perguntei aos funcionários se tinha algum lugar para deixar o corpo, mas o capitão só apenas disse: o cachorro é teu, faz o que tu quiser. Para não atrapalhar a viagem dos outros, resolvi jogar o corpo no rio, porque já estava fedendo muito. Essa parte para mim foi a pior”, destaca o rapaz.

Dennick informou que, após a morte do cão, viu outros cães ao lado de seus donos na viagem.

“Depois daquilo eu tomei a atitude de procurar testemunhas e vou tomar as atitudes cabíveis quanto a isso, para que nenhum cão sofra o que ele sofreu na embarcação”, afirmou.

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O corpo do animal jogado no rio

Dennick se revoltou com o que viu. Outros animais estavam no local e ao lado dos respectivos donos. “A partir disso. Comecei a tentar encontrar provas. Não me deram assistência. Não souberam como me conduzir. “Depois daquilo eu tomei a atitude de procurar testemunhas e vou tomar as atitudes cabíveis quanto a isso, para que nenhum cão sofra o que ele sofreu na embarcação”, completa o dono.

O rapaz afirma que Jimmy era seu amigo e companheiro para todos as horas. “Não sou daqui de Manaus e moro sozinho. O Jimmy era meu filho de 4 patas, meu parceiro. Mas isso não ficará impune. Dennick, acrescentando que recebeu denúncias que outros animais já tinham passado por situações parecidas na mesma embarcação.

“Conversei com outras pessoas e elas me relataram que os funcionários dessa embarcação já tinham deixado outros animais nessa mesma situação. A sala onde o Jimmy foi colocado era muito pequena com pouca ventilação. Ficava por cima da sala de máquinas. Tenho certeza que ele morreu por isso”, completou.

A morte de Jimmy é considerada como maus tratos

A vice-presidente da Comissão Especial de Proteção ao Animais da Ordem de Advogados do Brasil Secção Amazonas (OAB-AM), Goreth Rubim, afirmou que a morte de Jimmy é considerada como maus tratos. “O fato de terem deixado o animal em um local impróprio, quente e sem ventilação, configura-se maus tratos. Sabemos que essa sala que o Jimmy ficou é uma das mais quentes das embarcações aqui do Amazonas. Fica perto dos motores. Isso é totalmente errado”, afirma.

Sobre o descarte do corpo do animal feito pelo dono, a representante da OAB destaca que no momento não tinha outro lugar para o cadáver ser jogado. “O animal era para ter viajado com o dono. Ele estava dentro da casinha e não representava nenhum perigo. Goreth Rubim, afirmou que “Eles vão averiguar a situação de maus tratos. O funcionário que determinou que o animal ficasse dentro da sala pode responder por isso ou até mesmo a empresa da embarcação”, completou.

Fonte: A critica

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