Sabe aquele momento que o cachorro passa mal parece estar com dor, algo aconteceu? na maioria das vezes isso acontece no meio da noite ou quando estamos sem tempo de levar ao veterinário. No desespero de ver o animal doente, muitas pessoas acabam dando remédios de humanos que têm em casa.
Não pense que os remédios que funciona para você, também será útil para o seu cachorro. Nenhum medicamento deve ser dado sem a avaliação do médico veterinário. São vários os medicamentos humanos que não devem ser usados em cães.
1- Paracetamol
O paracetamol pertence ao grupo farmacológico dos AINE’s. Alguns fontes referem que nenhum AINE pode ser administrado aos cães, no entanto, este grupo engloba inúmeros princípios ativos e é possível que algum deles seja adequado para tratar alguma condição canina, sempre sob prescrição veterinária.
Em contrapartida, se existir um anti-inflamatório com estas caraterísticas que sob nenhuma circunstância possa ser administrado a um cachorro é o paracetamol, potencialmente perigoso pelo dano que pode causar no fígado.
Administrando paracetamol a um cachorro pode-se prejudicar gravemente o seu fígado, pode ocorrer uma falha hepática que leve à morte e também é possível a destruição de grande parte dos glóbulos vermelhos.
Veja também:
Glândulas anais ou (adanais): saiba prevenir e tratar problemas
2- Ibuprofeno
Trata-se de um princípio ativo que também pertence ao grupo dos AINE’s, é mais anti-inflamatório que o paracetamol mas possui uma capacidade menor para diminuir a febre. O seu habitual e perigoso uso em humanos faz com que pensemos muitas vezes neste anti-inflamatório como uma opção para tratar o nosso cachorro quando este apresenta dor ou dificuldade de movimento.
No entanto, o ibuprofeno é tóxico para os cães em doses que superem as 5 miligramas por quilo de peso corporal, isto significa que um comprimido de ibuprofeno para adultos (600 miligramas) seria mortal para um cão pequeno.
A intoxicação com ibuprofeno manifesta-se através de vômitos, diarreia, perda de apetite, falha renal, falha hepática e inclusive morte.
3- Benzodiazepinas/Diazepam
As benzodiazepinas formam por si só um grupo farmacológico onde podemos distinguir princípios ativos como o alprazolam, diazepam ou clorazepato dipotássico. Tratam-se de remédios que em humanos são utilizadas como fortes sedativos do sistema nervoso central, sendo prescritos no caso de ansiedade, nervosismo ou insônia, entre outras condições.
Por este motivo, muitas pessoas consideram que é oportuno dar este tipo de medicação ao seu pet quando este se encontrar inquieto ou sofrer de ansiedade, mas as benzodiazepinas provocam nervosismo e ataques de pânico nos cachorros, além de ser muito perigosas para a sua saúde hepática.
Curiosamente as benzodiazepinas foram feitas com o objetivo de possuir uma maior margem terapêutica que os barbitúricos, no entanto, nos cães acontece o contrário, utilizam-se os barbitúricos pois são mais seguros, sempre que sejam administrados sob prescrição veterinária.
4- Antidepressivos
Existem muitos tipos de antidepressivos embora os mais conhecidos sejam os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), um grupo dentro do qual podemos distinguir princípios ativos como a fluoxetina ou a paroxetina.
Não afetam apenas diretamente a saúde renal e hepática do cachorro, como também podem transtornar o adequado funcionamento do seu sistema nervoso, sendo isto prejudicial para a saúde do seu pet.
5- Aspirina
Esse medicamento age diretamente nas plaquetas (que ajudam o sangue a coagular). Ou seja, se o seu cachorro tem algum ferimento ou laceração a aspirina tornaria mais difícil de parar o sangramento. Especialmente perigosa se combinada com esteroides e/ou anti-inflamatórios. Os sintomas variam de problemas gastrointestinais, neurológicos, distúrbios hemorrágicos, insuficiência renal e dificuldades respiratórias;
Não automedique o seu cachorro
Se quer que o seu pet desfrute de um pleno estado de saúde e bem-estar é fundamental que sob nenhuma circunstância o automedique, nem sequer utilizando remédios veterinários, uma vez que isto pode mascarar uma doença grave que precise de diagnóstico e tratamento específico de forma urgente.
Para evitar acidentes desnecessários que possam custar a vida do seu animal, tenha consciência.
Além desses medicamentos há outros. De qualquer forma, antes de medicar o seu pet, consulte sempre um médico veterinário.
Fonte: Perito Animal
Gostou do nosso conteúdo? Curta o nosso Facebook, siga-nos no Instagram e receba dicas e notícias nas redes sociais.